sexta-feira, 31 de julho de 2009

Snowday: El Colorado!

El Colorado Entramos na fase endorfina. O blog abre um espaco para mostrar cenas da nossa expedicao pelo Chile. Fotografia eh um estilo de vida (vendi essa frase para a Canon ontem) e como tal, vou mostrar um pouco do que rola durante uma viagem. Sempre defendi que a palavra ferias se mistura com trabalho para qualquer fotografo. Nao ha como separar os dois e nao ha maneira melhor de melhorar seu portfolio do que sair da rotina, conhecer lugares novos e novas culturas. Eh claro que ha momentos em que voce simplesmente coloca sua camera de lado e quer curtir. Passamos dois dias esquiando em El Colorado, quase morri de vontade de levar a camera, mas como ainda nao confio totalmente em minhas habilidades de esquiador, tive que me virar com um celular e uma canon A75 (camerazinha valente e surpreendentemente cheia de funcoes).

A vista


El Ground Lift


Lays!!


Grazi na descida..


Bruno posando para uma foto


La Cumbre!

A fortaleza dos andes


Qualquer pessoa que ja sobrevoou a bela e imponente cordilheira dos andes sabe que eh um momento kodak na vida de qualquer um (sendo ele um fotografo ou nao). Santiago se impoe como uma fortaleza cercada pelas cordilheiras, uma muralha branca protegendo uma cidade que mistura tracos de cultura indigena com colonizacao europeia (apesar de atualmente estar invadida pelos EMOS que dominam as ruas em conjunto com os vira-latas). Estou sem acesso a um computador decente (ou seja no photoshop, arghhh), mas consegui descolar alguns minutos num mac para enviar essas fotos da cidade. Conseguimos descobrir alguns "sweet spots" como o cerro san cristobal e um pequeno morro dentro do parque municipal. Proximo destino: San Pedro de Atacama!



ps: acento eh um luxo que simplesmente nao existe em viagens...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

diario de viagens: na terra dos andes....


depois do panico da gripe suina, logo apos a imponente cordilheira dos andes existe uma terra unica, uma cidade que se destaca como uma fortaleza, protegida por montanhas nevadas e uma historia milenar.....o metro foi a pedida do dia.... e por sorte descobrimos um sweet spot no meio da cidade....um parque com um mini cerro que da uma vista de 360 graus pra cidade.....a imponencia dos andes eh incrivel....apos a saga das roupas de esqui, regressamos ao boemio barrio bellavista, donde se encuentra nuestra residencia, e para finalizar a tarde fomos nos alegrar com una comida mexicana, arriba! margaritas y nachos y mucha poesia recheavam esse restaurante pitoresco e colorido, o lugar alem de tudo, tinha um painel com personagens ilustres do mexico...nada menos que o Seu Madruga e o Pancho Villa divindo um cenario chicano digno de a Balada do Pistoleiro...

Ainda to devendo fotos, mas to com dificuldades de baixar e postar...por enquanto vao algumas do cel....
ç


há alguns minutos iniciamos um luau no terraco do albergue so com brasileiros.....vinhos, nachos e um violao...os andes ao fundo e uma temperatura de uns belos 12C....saludos...

domingo, 26 de julho de 2009

kickin back em santiago...


Domingo, 20h, estamos sentados no lounge do bellavista hostel santiago e apesar da dor intensa nos pés e costas, nossas mentes flutuam ao som de foxy lady do jimi hendrix e o climinha internacional do albergue.... estamos curtindo o fim do dia, apos uma visita ao mercado central e um por do sol com mil cores variadas no cerro san cristobal......em breves fotos de verdade...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tilt&Shift Digital


As lentes tilt&shift sempre me fascinaram. Para quem desconhece, essas lentes tem a capacidade de tilt e shift seu eixo, ok, isso dava para advinhar do nome. A questão é que ao girar ou "torcer" o eixo da lente você tem a capacidade de corrigir perspectivas e também de desfocar partes de uma foto supostamente no mesmo plano. Essa habildade vem das câmeras grande formato, aquelas de filme, que se parecem uma caixa com uma sanfona. Essa sanfona é uma lente tilt&shift. O resultado é fascinante, especialmente em paisagens e retratos. No formato 35mm as lentes tem um preço um tanto quanto proibitivo. Uma opção são as lensbabies, um pouco menos funcionais e de qualidade inferior, mas custam em media 1/4 do preço. Eu sempre defendi que o desfoque deve ser feito no momento da captura. O desfoque digital denuncia na maioria das vezes o tratamento para um olhar mais apurado. Existem milhões de tutoriais pela internet ensinando a "montar" uma foto tilt&shift - isso não é nenhuma novidade, mas essa semana me surpreendi com um site enviado por um amigo fotógrafo, Marco Sassen, o tiltshiftmaker.com. Em questão de segundos é possível editar uma foto, ajustar o grau e a intensidade do desfoque. A ferramnta online, apesar de básica e com algumas falhas no processamento de algumas fotos, é bem divertida e dá um novo visual as fotos. Está cada vez mais próximo o conceito da Nuvem, onde não teremos mais computadores com HD's, simplesmentes ferramentos de acesso à um Mainframe global onde o processamento é feito de forma online e remota, os editores online começam a pipocar pela net. Welcome to the Matrix my friends! Na sequência alguns testes feitos no site.



Em algumas da foto uma linha aparece no meio do degradee de cores.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Presença de câmera


Algumas pessoas, como diz a própria Annie Leibovitz, são fotogênicas. Não quer dizer que são bonitas ou não, elas simplesmente ficam bem em qualquer foto ou luz que você montar. É um dos mistérios da fotografia, mas existe um outroa, que para mim é ainda mais importante, conhecida no meio artístico como presença de palco, eu gosto de chamar de presença de câmera. Uma certa atitude atitude segura e consistenta quando se encontram cara a cara com a tão temida lente do fotógrafo. Uma espécie de "mojo", algo que transcende a foto normal e comunica visualmente sua identidade na foto. Nessas horas, meu caro amigo, você simplesmente segue clicando e reduz sua direção e intervenção a um mínimo, it''s their show, e como num show documente os melhores ângulos.





terça-feira, 21 de julho de 2009

O Passe mágico da fotografia: Guaicurus



Quando relatei sobre o passe mágico da fotografia, todos pensaram que esse passe mágico que existe em todas as câmeras só te leva em lugares fascinantes e agradáveis. O passe mágico na verdade te tira do seu mundinho e te dá acesso a uma realidade completamente diferente da sua, na maoria das vezes, de forma inesperada. Minha última aventura foi a tentativa de fotografar na famosa Guaicurus e seus bórdeis infames. Apesar do resultado das fotos ter sido fraco, devido à proibição de se fazer fotos no local, a experiência vale a pena compartilhar. Trabalhar com fotografia implica em estar disposto a aceitar desafios e entregar algo que seu cliente possa usar no fim do dia. A reportagem descreve parcialmente a aventura, apesar de deixar de fora a descoberta de um bar sinistro em um dos puteiros em um terraço cabuloso com direito a uma piscina e imagens de santos espalhados pelo local. Segue abaixo a reportagem do ilustre Bernardo Biagioni que saiu no On The Road na Revista Ragga.



Corredores do Sexo
Bernardo Biagioni


Agora são algo em torno de 3hr da madrugada. O silêncio é reconfortante, todas as entranhas da cidade estão enfim estiradas para o descanso. Dormem os velhos, os novos, os músicos e dormem os taxistas, essa legião selvagem que perambula pelas veias asfaltadas dos centros imundos e mal iluminados. Escrevo do 21º andar de um prédio de azulejos brancos e pequenos, estão todos descascando e perdendo o brilho. Pela janela correm os últimos carros do fim-de-semana. Aceleram, correm e vão. Vão para onde devem ir. Puxo na prateleira uma caixinha de CD, rodo o disco entre os dedos e preparo a televisão. Calculo o volume, apago as luzes sem parcimônia e deito na cama. Estou pronto para um pornô.
A recomendação foi de um amigo: "Chegando em casa, assista a um filme bem sacana, cara!". Ele estava visivelmente preocupado com o deadline desta minha reportagem. "Procura os 'longas' do Rocco. Nada melhor que aquelas italianas gostosas e todos aqueles cacetes gigantes". Concordei com os olhos e aumentei o volume do rádio para o assunto não ir muito longe. Na verdade sempre me interessei muito pela 'história' dos filmes pornôs. Grandes loiras nuas vestidas de salva-vidas em lojas de departamento abandonadas depois de uma terceira Guerra Mundial. Elas socorrem um sargento no vestiário, começam com uma respiração boca a boca e aí não param mais. Muito "eletrizante", digamos. Eu precisava de inspiração e talvez essas aventuras pudessem ajudar.
Hoje acordei às duas horas da tarde e liguei para o fotógrafo Bruno Senna ainda na cama. "Vamos lá na Guaicurus?". Minha pauta era sobre os "corredores do sexo" clandestinos de Belo Horizonte, velhos prédios apagados e criminalmente preocupantes que avançam sobre o céu do shopping Oiapoque, no Centro da cidade. Não vou falar se ele se entusiasmou ou não, porque isso pode ferir sua dignidade. (Animou na hora). Encontramos na Savassi e partimos para o coração do Sexo. Qualquer mineiro que tenha passagem pelo submundo da capital sabe muito bem que ali o pau quebra. Literalmente. Jesus teria dito: é a Babilônia.
Mas quem atendeu a gente em um dos estabelecimentos não foi Jesus. Rogério Santiago, cujo sobrenome inventei agora, contava notas de cinquenta reais com as duas mãos trabalhando em perfeita sincronia. "Estamos passando por algumas reformas no prédio e as luzes ainda não foram acesas. Aqui já dá problema iluminado. Sem luz então...", soltou, como um filósofo imaculado por uma sabedoria grega, nômade e tropical. Disse que poderíamos fazer as fotos, "desde que as meninas aceitem", e apertou algumas de nossas mãos com firmeza. Rogério é gerente da Pensão, uma das construções mais visitadas da Guaicurus, e ganha a vida alugando pequenos quartos para "moças de família".
Cada garota organiza o seu próprio quadrado. Uma cama, uma prateleira, um rolo de papel higiênico e um som tímido e dissonante. Escutam funk, "mexem a cadeira", arriscam caretas de cachorra e se lambem carinhosamente. "Quero gozar", gritam as mais afoitas e indelicadas. O fotografo Bruno Senna tenta negociar uma foto e enquanto está armando o tripé a morena pergunta: "Tá armando a barraca, gostoso?" Ele nega, têm as bochechas coradas, e ganha um aperto na bunda. "Gostoso!", provoca de novo a desonesta.

O programa varia entre R$15 e R$45, tudo depende do tempo em que o serviço será prestado - Como uma lan-house. Elas cobram adiantado, não escondem o sorriso pecaminoso depois de garantir um cliente e gritam escandalosamente. "Quanto mais alto o grito, melhor a trepada", aconselha um sujeito.

No Ar somente o cheiro de desinfetante e um barulho pouco confortável. A eguinha pocotó não se cansa de afogar o ganso. Tudo isso no Centro, tudo isso a quinze minutinhos da sua casa. Enquanto você folheia essa revista e cria cenas perversas na cabeça, algum outro corpo agoniza seus valores sacros nos "corredores da cidade". É a dança libertina, inescrupulosa e lucrativa do sexo. Sempre o Sexo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

The (not so) secret spot



Esqueci de compartilhar com os leitores desse blog a alegria que foi ter a foto acima selecionada para a coluna Click da Revista Pronews de Recife. A coluna seleciona uma foto e a história da foto. Tão legal quanto a foto é o relato de como descobrimos esse "secret spot". Eis o que escrevi na época em meu diário:

...fomos para tão esperada festa do Alexis (o francês). Preciso esclarecer, festinhas em casa de amigos na França tem algumas peculiaridades: 1 - champagne e vinho liberados; 2 - música, muita música e a sala da casa vira uma pista de dança com direito até a um forrozinho. Quando o calor está demais era só ir para a varanda conversar e admirar a vista da imponente Torre Eiffel. o auge da noite se deu quando o Alexis chegou e disse: voces estão bebados? não porque? porque não se pode estar bêbado para fazer o que vamos fazer agora (dá um desconto no português, o cara é frances). Ele pega e segura numa fingerboard(uma espécie de barra de escalador) na varanda. A saída é como um boulder sem os pés. Depois voce puxa uma barra e segura na calha do telhado, poe o pé na quina da porta e vira para uma espécie de parapeito. Ai chegou o crux (a parte mais difícil), um positivo 45 graus onde as únicas agarras são as bordas de uma janela que parece que vai ceder a qualquer minuto. Detalhe sem posição para os pés! Chegamos ao topo com o Yan e o Alexis temendo pela minha queda. Só então entendi o que estamos fazendo: vistiando um telhado parisiense. Com uma vista fenomenal da Torre e uma panorâmica de 360 graus da cidade damos um passeio pelos telhados com alguns momentos dividos entre tensão e euforia. O momento é tão surreal que fica difícil esconder o sorriso no rosto. No dia seguinte retornamos aos telhados para fazer fotos no pôr do sol.

O momento é daqueles que te presenteam com várias fotos fantásticas, algumas vocês já conhecem....

Le Baiser


Autofoto

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Em breve: mais palhaços!


Constantemente sinto um fluxo de idéias, possibilidades que dariam ótimos ensaios, mas com o tempo, a rotina e os compromissos, tais projetos são colocados numa prateleira e deixados de lado. Quem nunca viveu isso? Mas, em alguns momentos, essas idéias trombam com pessoas talentosas que acreditam no potencial. O resultado do esforço em conjunto é sempre recompensador. Um bom trabalho é o reflexo de uma equipe talentosa. O fotógrafo não passa de um Maestro coordenando a sinfonia, e não deve se esquecer nunca, de que ele apenas registra e não executa a ação fotografada. Em breve, na revista Ragga, meu último projeto, inspirado na teoria TBC. Em breve, mais Palhaços!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O super pulo!



Essa foto tão querida do pulo no deserto de sal de Uyuni no sul ficou em sexto lugar no concurso Fotografia de Viagens do Ponto do Açai (by the way, best place around for açais!!!). A foto é de co-autoria minha, já que obviamente estou pulando como um macaquinho. Fico olhando para a foto e pensando numa das questões primárias da fotografia: quem aperta o disparador é que está tirando a foto? Antes de executar com tamanha perfeição essa manobra acrobática, eu peguei a câmera, escolhi o ângulo, subexpus para não estourar o sal no chão (sim é realmente sal!) e dar esse super azul no céu. Mostrei a foto teste para a Zuzka, uma tcheca que estava no meu tour e pedir para bater quando eu estivesse no momento negativo do jump. Depois de três tentativas e muitas risadas esse foi o resultado. E eu lhes pergunto meus caros leitores, de quem é a autoria da foto?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Panoramas 2: Colca Canyon



Considerado o maior Canyon (ou Cânion?) do mundo em extensão, o Colca Canyon em Arequipa no Peru não é nada menos do que fascinante. Em 2007 fiz um trekking de 5 horas (a la Indiana Jones) que desce a base do canyon, onde passamos a noite em um hotel pitoresco em cabanas de bambu. No dia seguinte o trekking começa as 2h da madruga para retornar ao topo. A vista e a imensidão desse lugar só pode ser registrada com uma foto panôramica e mais uma vez o tripé não estava presente. Regra de improvisação nessas horas vira lei e resolvi tentar minha primeira panorâmica antes de chegar a Machu Picchu. São um total de 11 fotos tiradas desalinhadamente devido a algum desvio provocado pelo vento, rotação da terra ou pela falta de habilidade do fotógrafo, que foram mescladas no engenhoso programinha Photo Stich da Canon (o programa vem no CD de instalação de qualquer camera canon - yes you guys rock!) e editada no Photoshop. Simples e eficaz, porque perder horas colando e ajustando cada foto? Melhor resolver tudo em 5 minutos e usar o tempo livre para ir fazer mais fotos.

11 Fotos mescladas no Photo Stich


Fotografo pirando ao ter encontrado o ângulo para sua panorâmica!

domingo, 12 de julho de 2009

Garage Sale!



Em vários momentos de crise eu olho para as minhas fotos e penso: que M¢R$A! e logo saio falando que vou vender minha câmera e ir tentar outro ramo, ainda bem que essas crises são temporárias e essa não é uma dessas ocasiões. Apesar de não ser o objetivo desse blog fazer vendas, resolvi abrir uma exceção dado curto prazo para a minha próxima expedição. Estou vendendo a minha canon 30D, companheira de viagens e trabalhos. Máquina guerreira que nunca me deixou na mão. Junto vai uma lente 18-55mm EF-S novinha. Especificações aqui!

Como vou viajar até o fim do mês vendo ela por um preço imbatível!
Contato: bruno@brunosennaphotos.com






Contato: bruno@brunosennaphotos.com

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Passe Mágico da Fotografia: Ragga Drops ou Bruno Drops Senna


Depois de fazer tantas capas para o caderno Ragga Drops do Estado de Minas, nunca pensei que um dia eu seria o tema da capa. É claro que a minha câmera tem posição de destaque - hehehehe. Na verdade a foto foi para ilustrar a matéria tema dessa semana sobre fotografia, escrita por um cara meia boca ai, um tal de B. Senna.....segue abaixo o texto da matéria.

Click! Click! Click! Quem resiste a uma bela foto? Seja de moda, de carro, de esportes, de comida ou até mesmo aquela fotinha nova no albúm do orkut. Antes de seguirmos em frente, vamos a uma aulinha de história. A origem da fotografia volta até o grande Leonardo da Vinci, que usava a câmara escura para esboçar retratos, isso quando não estava escondendo um código secreto dos templários em suas obras.
Oficialmente, a primeira fotografia permanente foi tirada em 1826 pelo físico francês Joseph Nicéphore Niépce da janela de seu quarto e a exposição demorou nada menos que oito horas!!! Em 1814 ele já havia conseguido registrar uma foto, só que a mesma se apagou depois de um tempo. O processo químico demorou a evoluir e só em 1885 George Eastman desenvolveu o papel fotográfico. Só em 1888 que suas câmeras chegaram a lojas, as Kodak, também conhecidas como câmeras caixão, pelo formato preto e simplicidade de funções. Mas o advento só chegou para as massas em 1900 com a invenção da Brownie, que não é o bolinho de chocolate, mas uma câmera compacta que foi um sucesso até a década de 60. A revolução no mundo fotográfico chegou em 1925 com a Leica I, a primeira câmera 35mm, o formato de alta qualidade e portátil foi o que inspirou toda uma geração de lendas como Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e Robert Doisneau. Em 1845 o mundo viu a primeira câmera que revelava fotos instanteneamente, a Polaroid Model 95. Mas chega de tanta velharia, cadê o digital? Surpreendentemente a primeira câmera digital comercializada para o público veio em 1990, a Dycam Model 1, que gravava as fotos num cartão de memória interno de 16MB. A primeira maquina digital profissional foi a Kodak DSC-100 de 1.3 Megapixels e custava a bagatela de 13.000 dólares! A tecnologia evoluiu tanto, que hoje em dia tal resolução é a que temos em celulares e webcams.
Mas porque as fotos nos fascinam tanto? O impacto da imagem, aquela fração de segundo, congelada no tempo, aquele momento decisivo, em que o fotógrafo decide apertar o disparador e registrar, sob o seu olhar, o mundo. Com o advento do digital a fotografia se tornou um passatempo universal sempre presente no nosso cotidiano, e a cada clique mais viciante e apaixonante. Será que a fotografia vai chegar ao fim com a evolução da filmadora e dos meios de comunicação?, A escritora Susan Sontag afirma que “Fotos podem ser mais memoráveis do que imagens em movimento porque são uma nítida fatia do tempo, e não um fluxo.” Tais fatias são para quem fotografa obras, criações de seu universo próprio, a sua percepção ou a manifestação da sua criatividade e é por isso que continuamos sempre, buscando, registrando, e também nos remoendo, por aquelas fotos que perdemos, já que como o tempo, nunca voltam.

Top 10 da Fotografia

1 – Henri Cartier-Bresson – o pai do fotojornalismo moderno e criador do termo “o momento decisivo”, revolucionou a abordagem jornalística com o uso das câmeras 35mm.
2 – Robert Capa – aprendiz de Cartier-Bresson e renomado fotógrafo de guerra. Tinha como lema: se suas fotos não estnão boas é porquê você não está perto o bastante
3 – Annie Leibovitz – a lenda viva. Alguém que fez a última foto de John Lennon (detalhe que ele está nu ao lado de Yoko), fez a capa da Vanity Fair com a Demi Moore grávida e nua e convenceu o Chris Rock a pintar a cara de branco, é com certeza alguém que dispensa apresentações.
4 – Helmut Newton – se você pensar em nus controversos em Paris, pode saber que está pensando em Helmut Newton
5 – Andreas Gursky – o cara conseguiu vender uma foto de uma loja de 99 cents (quase uma lojinha de R$1.99) por 3.3 milhões de dólares, quer mais quer? Isso é que multiplicação do dinheiro.
6 – Ansel Adams – o mestre das paisagens em preto e branco e pioneiro de técnicas como HDR.
7 – Sebastião Salgado – um brasileiro que conseguiu ser parte da Agência Magnum e de renome mundial na fotografia autoral merece estar nessa lista.
8 – David Lachapelle – talvez o Helmut Newton dos tempos modernos, seu portfólio recheado de ousadia, controvérsia e provoção faz sucesso entre Madonna, Marilyn Manson e Angelina Jolie.
9 – Richard Avedon – só vamos mencionar que o cara fez a série mais incrível de fotos dos Beatles.
10 – Robert Doisneau – a foto do beijo de paris inspirou mais casais que a música “beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é namorar pelado”

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Machu Picchu Revelado


Depois de postar panoramica em a História por trás da foto: Machu Picchu recebi vários emails. Perguntavam sobre o tal rosto na foto, reclamaram de serem chamados de geeks ou de serem geeks e ainda assim não conseguiram ver a tal faceta. Vamos a uma aulinha de história pelo wikipedia "Machu Picchu (em Portugal também denominado de Machu Pichu[1], em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911." Em 1911 o explorador Hiram Bingham descobriu a cidade perdida dos Incas, além dos inúmeros mistérios e lendas por trás desse local místico, uma das mais fascinantes é que a montanha Wayna Picchu que fica atrás, sob o sol da manha projeta um rosto gigante. Como se fosse um grande Deus adormecido. Mais impressionante ainda é que os traços são de um Inca, principalmente pelo que eles chamam de nariz de condôr (no brasil seria naba de urubu....aff). Coloquei algumas fotos que facilitam e podem soltar um ahhhh ao perceberem e engenhosidade dos antigos. Ninguem sabe se acharam a montanha assim ou se a esculpiram....

wow, a foto em vertical revela o rosto escondido!!!


Croqui tosco para quem ainda não conseguiu enxergar....


O rosto só é visível pela manha, a luz da tarde tem outro efeito na montanha

terça-feira, 7 de julho de 2009

Whatever it takes! (Custe o que custar!)


Previamente eu já falei sobre a importância do ângulo certo e sempre que me perguntam como consigo os ângulos, eu simplesmente respondo: whatever it takes! a la Jack Bauer. Previamente já falei sobre a importância de se escolher bem os ângulos e de que o acesso à um ângulo único implica em uma foto única, matemática fácil, mas é claro que não implica em uma foto boa - ish, complicou, sim, fotografia, ciência inexata e de gosto pessoal. Largando a filosofia de buteco de lado e voltando ao foco, que é a foto acima, tirada por Ulrich Grill durante o Red Bull Photo Shoot em Whistler, uma demonstração de fotos de esportes e a imagem simplesmente redefiniu meu conceito de get that angle whatever it takes. Quantas pessoas na face da Terra conseguem bater essa foto? Bom, eu AINDA não consigo....

sexta-feira, 3 de julho de 2009

História por trás da foto: Machu Picchu - Panorama


Eu sempre advogo contra a síndrome do equipamento e defendo que o olhar é muito mais importante do que o equipamento. A capacidade de "resolver" visualmente uma foto depende muito mais do fotógrafo do que da câmera. Para comprovar tal teoria, que parece papo de livro de auto-ajuda resolvi postar uma série de fotos feitas em situações não ideais, aqueles momentos em que você pensa: potz eu preciso investir em algo melhor - e culpa sua lente Kit pela foto ruim, sinto muito em te dizer meu amigoL não é a sua lente kit, super lenta e escura que está impedindo o sucesso no mundo fotográfico e o reconhecimento que você tanto sonha . A primeira da série, considero como sendo minha primeira panorama aceitável: Machu Picchu. A ansiedade era tanta por estar em um lugar tão mágico que bati mais ou menos 500 fotos da cidade dos Incas antes do sol nascer - o momeno ideal de se fotografar, pois as sombras criadas pelo sol nascente projetam a face do inca na montanha de Wayna Picchu*, queria acertar o ângulo, estar pronto para quando a luz chegasse no momento ideal, CLICK, magicamente teria uma super foto. Como qualquer fotógrafo, ao ir em um lugar mundialmente famoso, no fundo seu ego não quer nada mais nada menos do que uma foto fantástica, senão é melhor vender todo o equipamento e ir estudar engenharia que é um ramo sempre lucrativo. A cada clique eu ficava mais indignado, trocava de lentes, trocava de ângulos e nada. Nenhuma foto refletia a magia do lugar e a sensação de se estar na cidade perdida, escondida entre um cordão de montanhas. Resolvi subir ao ponto mais alto e percebi que tinha que arriscar uma panorâmica. Acontece que, todos sempre falam da necessidade de um uso de tripé e lentes com boa qualidade ótica e tudo o que eu tinha era meu braço e a 18-55mm kit da 30D**. Fiz essa foto batendo no modo sequencial com a câmera na vertical. No total foram 9 fotos que depois de algumas horas de paciência e de Photoshop e Photostich (da Canon) resultou no que vocês vêem acima. A única coisa que me deixa triste dessa foto é que ela nunca foi publicada.

* se você nunca viu a face do Inca na foto de Machu Picchu gire a cabeça para a direita e olhe a foto de novo, para os geeks gire a foto 90 graus no sentido anti-horário e wow! sim, é fascinante!
** a 30D com uma lente kit nova estão a venda, entrem em contato para detalhes!