Oi Megarampa de Skate!

Parte importante do trabalho de se tornar um fotografo é saber contornar os "nãos" que você vai receber, e acredite, eles serão muitos. A revista Ragga planejou cobrir a Megarampa de skate em São Paulo e montou uma equipe para a viagem. Credenciamento feito, carro plotado, equipe de repórter, videomaker, fotógrafo e motorista a postos. Zarpamos em direção a cidade do trânsito dos infernos. A primeira má notícia foi ao chegar, quando São Pedro resolveu encher todas as represas do Brasil de uma vez só com uma chuva que não se via há tempos. Passado o desespero, surgiu a luz no fim do túnel, ou melhor, o sol no fim do dia e conseguiram secar a gigantesca rampa de 27m de altura. Uma curta session no fim do dia e todos ansiosos para a final no dia seguinte. Feliz com o sol e empolgado com o evento fui direto subir na rampa para procurar o melhor ângulo. A grande surpresa, ou a triste surpresa foi descobrir que meu credenciamento não dava acesso aos melhores locais de imagem. Havia uma área de imprensa rídicula na base da rampa. Depois de ser barrado duas vezes tentando penetrar no topo da rampa vi que meu amigo Carlos Hauck estava certo quando dizia: Segurança de evento é igual parede, não adianta discutir, não adianta explicar, não adianta empurrar, ele não vai sair do lugar. Após xingar o segurança, você se lembra que vai ter que entregar boas fotos, com acesso ou não. Nessa hora entra o que chamo de fotografar "guerrila style" ou guerrila shooting, traduzindo táticas de guerrilha e criatividade na composição. Existem sempre boas oportunidades de fotos, não importam as condições. Nessas horas que distinguimos os homens dos meninos.